14/02/2008

Valentim, o facilitador do pinanço alheio

Existem várias teorias:

Uma das histórias retrata o São Valentim como um simples mártir que, em meados do séc. III d.C., havia recusado abdicar da fé cristã que professava.

Outra defende que, na mesma altura, o Imperador Romano Claudius II teria proibido os casamentos, para assim angariar mais soldados para as suas frentes de batalha. Uma vez que, a razão pela qual não havia voluntários seria o facto de terem mulher e filhos. Um sacerdote da época, de nome Valentim, teria violado este decreto imperial e realizava casamentos secretos. Ao ser descoberto foi torturado e condenado à morte. Dia 14 de Fev de 269 ou 270 d.C. (sei lá) Veio o Papa Gelásio em 496 e elevou-o a Santo, era um romântico.

Agora a parte gira, que dá porrada, é o cruzamento com o mundo pagão :D

Porque no dia 15 de Fev., começavam-se as celebrações pagãs da Lupercaia, coincidente com a Primavera. Já que dia 14 era o dia dedicado a Juno (rainha de todos os deuses e deusa das mulheres e do casamento). Celebrava-se assim, neste período, a Juventude e o Amor. E como? Era muito giro... Num grande boião os rapazes tiravam papéis com o nome das raparigas, e comiam-se durante a festividade :D (BOA!)

Com a tentativa da Cristianização o truque, sempre o mesmo, foi começar a tentar fundir realidades esbatendo-as até os Romanos se esquecerem... E Mais uma Vez lá foram desencantar um Santinho q tava ali mesmo a jeito de morrer no dia 14 e pô-lo a tirar papelinhos na Lupercaia!

Os Ingleses e o Franceses começaram logo no séc. XIX a inventar a história dos cartões e prendinhas e foi um mal que se espalhou pelo nosso mundo capitalista.

Agora podia dissertar sobre a falta de crença no genuíno e intraduzível, do facto de o Amor ter de ser celebrado todos os dias, na eterna tentativa de comprar sentimentos materialmente, que isto de entregar a alma é para tolos, por isso toma lá um relógio.... MAs não o farei, pode ferir susceptibilidades.

Deixo em troca um bonito poema de Amorrrrrr, acreditem as vossas cara-metades ficarão loucas!

Desda velhaca da acefa,
que ficástes escarrapachada na minha alembradura.
Condólho pra ti com esses bêços de mula,
o mê coração prega purradões nas costelas,
parece um trator a arrencar ecalitros naquela charneca.

Se mamáres comé támo,
se macháres comé tacho,
vamos pedir ao té pai quacête o nosso acasalamento.
Gosto de ti, porra!!!
Andacá Canina!!!

Dá-me um bêjo, atão

1 Comentários:

Blogger Eira-Velha disse...

Belo poema...
Sempre me seduziram estes idílios campestres...
Bjufa
PS
Tenhaqui um papelote que diz "Sininho" :)

15 de fevereiro de 2008 às 11:51  

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